Das profundezas
A primeira vez foi em Florianópolis, na praia de Jurerê que ainda não tinha se transformado nessa aberração brega e caótica chamada de Jurerê Internacional.
A praia era um descampado de pequenos montes de areia branca e vegetação rasteira alternada com alamedas de eucalíptos. Havia poucas casas e um arrastão puxado do mar todas as tardes pelos pescadores.
Fiquei fascinado ao ver a riqueza e a diversidade da fauna que habita o fundo do oceano. Até então, meu único contato com as profundezas fora no seriado Nacional Kid, quando o super-herói japonês efrentava os terríveis seres abissais.
Em Jurerê, vinha de tudo na rede; de estrela do mar a caranguejo, de cavalo marinho a cação. Lembro que eu até ajudei a puxar o arrastão uma vez, contribuindo decisivamente para o sucesso da empreitada com meu físico esquálido de 10 anos de idade.
Talvez por força daquela experiência marcante, sempre paro nas peixarias para ver o que a maré nos trouxe.
Hoje, vi uma garoupa gigante no Posto 6.
Grande coisa, já vi na mesma bancada até tubarão.
Crianças, não vejam a próxima foto. É de uma enguia assustadora capturada no Arpoador. Imagine a banca que o cara do arpão estava botando na areia para as popozudas, Tinha um monte de amiga do Adriano olhando embasbacada. "Ai, como era grande!"
Tá com obra em casa? Tem martelo aqui de sobra. E, se for romântico, uma viola no alto da foto. Esses dois mais chatos, o velhinho me disse que chamam-se Tamboril, mas eu acho que o corôa estava curtindo com a minha cara... tenho essa desconfiança...
Mas nem todos caem na rede. Tem uns que nadam, nadam e morrem na praia, o que, no fim das contas, dá no mesmo.
E, para finalizar, uma foto turística de um peixe que veio de longe para conhecer o Rio de Janeiro. Gostou.
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A última lagosta de Copacabana
A praia era um descampado de pequenos montes de areia branca e vegetação rasteira alternada com alamedas de eucalíptos. Havia poucas casas e um arrastão puxado do mar todas as tardes pelos pescadores.
Fiquei fascinado ao ver a riqueza e a diversidade da fauna que habita o fundo do oceano. Até então, meu único contato com as profundezas fora no seriado Nacional Kid, quando o super-herói japonês efrentava os terríveis seres abissais.
Em Jurerê, vinha de tudo na rede; de estrela do mar a caranguejo, de cavalo marinho a cação. Lembro que eu até ajudei a puxar o arrastão uma vez, contribuindo decisivamente para o sucesso da empreitada com meu físico esquálido de 10 anos de idade.
Talvez por força daquela experiência marcante, sempre paro nas peixarias para ver o que a maré nos trouxe.
Hoje, vi uma garoupa gigante no Posto 6.
A vendedora calculava uns 25 quilos. Só a beiçola deve pesar 300 gramas |
Grande coisa, já vi na mesma bancada até tubarão.
Direto do cinema americano... |
Crianças, não vejam a próxima foto. É de uma enguia assustadora capturada no Arpoador. Imagine a banca que o cara do arpão estava botando na areia para as popozudas, Tinha um monte de amiga do Adriano olhando embasbacada. "Ai, como era grande!"
Essa, nem Mike Nelson e nem Namor enfrentariam |
Tá com obra em casa? Tem martelo aqui de sobra. E, se for romântico, uma viola no alto da foto. Esses dois mais chatos, o velhinho me disse que chamam-se Tamboril, mas eu acho que o corôa estava curtindo com a minha cara... tenho essa desconfiança...
Haja prego |
Mas nem todos caem na rede. Tem uns que nadam, nadam e morrem na praia, o que, no fim das contas, dá no mesmo.
Bela pose para a posteridade |
E, para finalizar, uma foto turística de um peixe que veio de longe para conhecer o Rio de Janeiro. Gostou.
Olha o passarinho! |
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A última lagosta de Copacabana
Tamboril é o nome bonito, recentemente adotado nos restaurantes, para o velho peixe-sapo. Imagina a cara da madame ao saber que aquele peixe branquinho, "molenguento" e caro, se chama....
ResponderExcluirSeu texto me fez lembrar um lugar que gosto muito e frequento desde meus 12 anos, e já "puxei muita rede" também,onde acontece a pesca até hoje, da mesma forma artesanal.Em Arraial do Cabo ,na Praia Grande.É uma delícia !Acredito que você conheça ,não?
ResponderExcluirSempre fujo pra lá em Janeiro e fins de semana fora de temporada para dar uma relaxada,pois nos feriadões não dá , fica lotado !
Oi, Teresa, estive em Arraial uma vez só, num carnaval nos anos 80, se não me engano. Só me lembro que tentei aprender a surfar naaueles dias...
ResponderExcluirAdoreeeeei as fotos! Estão sensacionais! A do coitado que nadou e morreu na praia merece um prêmio. Mas acho uma pena tirar do mar um peixe como a garoupa gigante.
ResponderExcluirFernanda, muito pior é tirar as pequenas que ainda iam crescer muito...
ResponderExcluirMarcelo,grande parte da minha alimentação,é a base de carne branca,e mais peixe do que frango.
ResponderExcluirSó não sabia que o Tamboril tem esse nome aí que o leitor anônimo falou... Boa noite.
Monica.
Agora finalmente entendi porque a nota de cem reais é representada por uma garoupa. Faz todo o sentido.
ResponderExcluirOs políticos então, deveriam ser por um robalo?