Dois momentos da mesma manhã

Uma neblina fortíssima escondeu parte do Rio hoje pela manhã. No aeroporto Santos Dumont, filas nervosas se formaram. Eram os cariocas atrasados para suas reuniões matinais em São Paulo. Na metrópole vizinha, também tensão em Congonhas, onde os paulistas que trabalham no Rio esperavam o nevoeiro se dissipar para dar as caras por aqui. Muitos não conseguiram chegar a tempo, nem aqui nem lá, para seus compromissos (e acho que ninguém morreu ou ficou mais pobre por causa disso...)

Nas ruas, o espetáculo da natureza ignorava a ansiedade dos mortais. E, com o tempo, a bruma londrina deu lugar ao sol e ao céu azul do inverno na Cidade Maravilhosa.

Feliz de quem teve tempo de olhar para o céu.

A igreja e a torre do Rio Sul  às 8h40
E às 10h40

Comentários

  1. Pois é caro Marcelo,

    Infelizmente pouca gente consegue tirar os olhos do asfalto e olhar pro céu (se a questão é pressa, falta de costume ou sensibilidade, aí é outra história). Como dizia um professor de geografia da faculdade, esquece-se que o céu também é paisagem. Aqui onde estou, em Brasília, a coisa é espetacular.

    Abraços de sempre.

    www.aovinagrete.blogspot.com

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  2. Marcelo,

    a nossa gente talvez ainda ande "falando de lado e olhando pro chão", apesar de você, de mim, do poeta que escreveu isso, do pálido estudante no diretório gritando para meia dúzia ouvir, do JB, da velocidade do rádio, do cinema de Chaplin e até... dos ovnis. Quê isso, gente? Levanta a cabeça!
    Mas falando mais sério, acredito que isso tenha muito haver com a crescente individualidade do nosso tempo, do tipo "cada um no seu quadrado", "tô nem aí" e entre um comercial e outro..."o controle é meu", se é que me faço entender.
    Ou seja, se ninguém olha nem pro "outro", quanto mais pro céu. Lamentável!
    Grande abraço e parabéns.

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  3. Bom dia Marcelo, estou teclando com tudo que tenho direito. Abs

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