Fifa x Brasil
Como se diz na gíria, o secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, botou o galho dentro.
Depois de tratar o Brasil como uma republiqueta de bananas e dizer que o país precisava de um pontapé no traseiro para acelerar as obras de infraestrutura para sediar a Copa do Mundo de 2014, o francês arrogante foi colocado em seu lugar pelo ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, que atualmente é o meu comunista favorito.
Indignado como eu e todos os brasileiros que não os apátridas colonizados, o ministro disse que o governo não reconhece mais Valcke como interlocutor. O secretário especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurelio Garcia, completou o serviço dizendo que o gringo não passa de um "vagabundo" e "boquirroto".
A grande imprensa, claro, ficou do lado da Fifa. Desandou a fazer terrorismo, dizendo que nossas obras não andam e que a entidade tem até o dia 1 de julho para tirar a Copa daqui e promovê-la na Inglaterra (que está mais preocupada com a Eurocopa do desemprego). Se o diabo arranjar um embate com o governo do PT, nossos jornalistas imortais vão sentar na arquibancada com um saco de pipoca numa mão e um tridente na outra, torcendo descaradamente pelo coisa ruim.
Tudo bem, com esses editoriais sem vergonha a gente já se acostumou, bem como com a cobertura deliberadamente míope e sempre tendenciosa. Em questões internacionais, o gringo tem sempre razão para a nossa imprensa, que sofre do complexo de vira-lata do qual falava Nelson Rodrigues há décadas. Agora mesmo, estão tentando diminuir Dilma em relação à presidente alemã, Angela Merkel. É só reparar o tom dos noticiários e os verbos usados nos títulos e manchetes. Em jornalismo, o verbo é tudo.
E dói em qualquer brasileiro ver esses caras tomarem partido de um executivo de meia tigela que representa uma entidade que nada mais é do que gigolô do esporte mais popular do planeta. Na rádio que tem nome de biscoito de praia, o time da maledicência e do deboche berrava contra o governo. Só faltava pedirem no ar ao francês que viesse até a Rua do Russel para que lhe beijassem os pés. Por essas e outras, perderam a liderança de audiência para a Rádio Tupi no Rio...
Na tarde desta segunda, Valcke enviou carta ao governo brasileiro pedindo desculpas e jurando que usou uma expressão em francês que, traduzida para o português, ficou muito mais "forte". Ora, um pontapé na bunda é um pontapé na bunda aqui, na França ou no Sudão. Só faltou o francês escrever na carta que gostaria muito de ficar no emprego.
Claro que a Copa será aqui. O resto é marola pra Hommer Simpson acreditar. Claro que tudo ficará pronto. Quem roubar durante as obras, que seja preso, e a Polícia Federal já colocou um monte de gatunos em cana, no governo Lula e neste. Pena que a Justiça solta todos...
Agora, cá entre nós, se a Fifa tirar a Copa do Brasil não vou me importar nem um pouco. Os ingressos serão caríssimos. Se já é praticamente impossível comprar uma entrada para a decisão do Campeonato Brasileiro, imagine para um jogo do Brasil na Copa. O povão vai ver pela TV mesmo, como vem acontecendo há anos, graças ao monopólio da detentora dos direitos de transmissão.
No estádio, só vai ter mauricinho, gringo e a meia dúzia de índios e beneficiários do Bolsa Família que o governo pretende incluir a fórceps, contra a vontade da Fifa e dos idiotas que ainda a defendem aqui no Brasil.
Depois de tratar o Brasil como uma republiqueta de bananas e dizer que o país precisava de um pontapé no traseiro para acelerar as obras de infraestrutura para sediar a Copa do Mundo de 2014, o francês arrogante foi colocado em seu lugar pelo ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, que atualmente é o meu comunista favorito.
Indignado como eu e todos os brasileiros que não os apátridas colonizados, o ministro disse que o governo não reconhece mais Valcke como interlocutor. O secretário especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurelio Garcia, completou o serviço dizendo que o gringo não passa de um "vagabundo" e "boquirroto".
A grande imprensa, claro, ficou do lado da Fifa. Desandou a fazer terrorismo, dizendo que nossas obras não andam e que a entidade tem até o dia 1 de julho para tirar a Copa daqui e promovê-la na Inglaterra (que está mais preocupada com a Eurocopa do desemprego). Se o diabo arranjar um embate com o governo do PT, nossos jornalistas imortais vão sentar na arquibancada com um saco de pipoca numa mão e um tridente na outra, torcendo descaradamente pelo coisa ruim.
Tudo bem, com esses editoriais sem vergonha a gente já se acostumou, bem como com a cobertura deliberadamente míope e sempre tendenciosa. Em questões internacionais, o gringo tem sempre razão para a nossa imprensa, que sofre do complexo de vira-lata do qual falava Nelson Rodrigues há décadas. Agora mesmo, estão tentando diminuir Dilma em relação à presidente alemã, Angela Merkel. É só reparar o tom dos noticiários e os verbos usados nos títulos e manchetes. Em jornalismo, o verbo é tudo.
E dói em qualquer brasileiro ver esses caras tomarem partido de um executivo de meia tigela que representa uma entidade que nada mais é do que gigolô do esporte mais popular do planeta. Na rádio que tem nome de biscoito de praia, o time da maledicência e do deboche berrava contra o governo. Só faltava pedirem no ar ao francês que viesse até a Rua do Russel para que lhe beijassem os pés. Por essas e outras, perderam a liderança de audiência para a Rádio Tupi no Rio...
Na tarde desta segunda, Valcke enviou carta ao governo brasileiro pedindo desculpas e jurando que usou uma expressão em francês que, traduzida para o português, ficou muito mais "forte". Ora, um pontapé na bunda é um pontapé na bunda aqui, na França ou no Sudão. Só faltou o francês escrever na carta que gostaria muito de ficar no emprego.
Claro que a Copa será aqui. O resto é marola pra Hommer Simpson acreditar. Claro que tudo ficará pronto. Quem roubar durante as obras, que seja preso, e a Polícia Federal já colocou um monte de gatunos em cana, no governo Lula e neste. Pena que a Justiça solta todos...
Agora, cá entre nós, se a Fifa tirar a Copa do Brasil não vou me importar nem um pouco. Os ingressos serão caríssimos. Se já é praticamente impossível comprar uma entrada para a decisão do Campeonato Brasileiro, imagine para um jogo do Brasil na Copa. O povão vai ver pela TV mesmo, como vem acontecendo há anos, graças ao monopólio da detentora dos direitos de transmissão.
No estádio, só vai ter mauricinho, gringo e a meia dúzia de índios e beneficiários do Bolsa Família que o governo pretende incluir a fórceps, contra a vontade da Fifa e dos idiotas que ainda a defendem aqui no Brasil.
Já tentou comprar ingresso para uma decisão? Leve cadeira... |
Boa, Marcelo. Sempre na canela deles. Adorei particularmente o comentario sobre a liderança da Tupi, minha rádio favorita aí no Rio, de onde saí ha 8 anos. A tal da Rádio Globo fez tanta sujeira com profissionais seus... mas isso é outro assunto. Abraços.
ResponderExcluirNo Maracnã, nós cariocas só assistiremos jogo da seleção, se formos a final, mas será que nossa seleção, do jeito que joga, vai chegar na final ??
ResponderExcluirSobre perda de audiência da Globo, bem feito, eu ouço pela manhã, a BandNwes FM com Ricardo Boechat, na parte da tarde, ouço a Tupi com Washington Rodrigues(Apolinho).
Quanto ao gringo pedante, quero mais é que ele se...
Cury
Pelo meu entendimento a rádio a que o Marcelo se referiu é a CBN, que pertence à Globo. Lúcia Hipólito é anti-petista ferrenha, bem como seus colegas. E quanto à arrogância do francesinho lá, é a mesma de Charles de Gaulle, quando disse que o Brasil não é sério. Até não diria que isso é uma inverdade (infelizmente), mas nada justifica a audácia e o desrespeito dele de dizer isso na nossa cara. Isso dito entre nós próprios é uma coisa, mas vindo de um estrangeiro é o cúmulo da arrogância, que os brasileiros não só aceitaram, passaram recibo, como ainda acharam lindo e vivem repetindo por aí... Complexo de vira lata meeesmo!!
ResponderExcluirMauro Pires de Amorim.
ResponderExcluirNada contra o esporte, seja qual for. Principalmente, vindo da minha pessoa, que na década de 1980, fui remador e entendo a importância do esporte na educação, formação do caráter e consciência da cidadania, bem como na preparação para lidar com vitórias e derrotas. Uma vez que nada ocorre por acaso, por passe de mágica, mas sim na consecução de planejamentos e previsibilidades. Mesmo em 1986, quando optei em abandonar o remo, dada a incompatibilidade com o momento de minha vida em que priorizei a formação e estudos universitários, guardo essa lição cognada até hoje.
Tenho consciência de que, tanto o evento da Copa do Mundo de Futebol, como as Olimpíadas, não estão sendo realizados dentro desse espírito ou caráter e consciência. Foram transformados em marketing puro e simples, onde, políticos, dirigentes e empresas, terão a oportunidade de propagandearem-se e aparecerem como competentes realizadores de projetos felicitantes.
Hoje, lí pela imprensa que a "Lei da Copa" ou "Lei da FIFA" está para ser discutida no Congresso Nacional. Pois bem, pelo que me informei, tal lei visa unicamente garantir a venda de bebida alcoólica em nossos estádios durante a realização do evento, atendendo aos interesses de patrocinadores cervejeiros. Uma vez que, nossa legislação dos estádios, seguindo tendência mundial, proíbe a venda de tais produtos nos bares e lanchonetes lá instalados.
Após breve informação, fiquei sabendo também, que a FIFA, durante a realização das Copas da França, Japão e Coréia, Alemanha e África do Sul, agiu da mesma forma, obtendo sucesso aos enteresses etílico-marqueteiros de seus parceros cervejeiros, somente nesta última.
Nada contra o consumo etílico, mas em parâmetros de razoabilidade, querer transformar um interesse comercial numa pressão política ao ponto de se criar uma legislação excepcional que suplante assunto decidido legitima e legalmente, soberanamente, por quem de direito compete em nossa sociedade, soa como inversão de parâmetros.
Para finalizar, embora não seja um consumidor etílico exagerado nem contumaz, tenho consciência de que existem marcas de cervejas com zero porcento de teor alcólico. Agora pergunto à gigante parceira da FIFA no evento da Copa do Mundo. Vocês que estão nesse mercado cervejeiro há tanto tempo, teriam que fazer um esforço tão descomunal assim para desenvolverem uma fórmula de cerveja sem alcóol, adequada aos estádios, ou será que tal disputa envolve também a questão da vaidade hedonista de impor seu interesses empresariais sobre povos e nações?
Felicidades e boas energias.