Assim caminha a desumanidade

O ônibus lotado de adolescentes da escola pública Estácio de Sá pára no ponto em frente ao Instituto Benjamim Constant, na Urca. Entram várias crianças cegas com seus responsáveis e também alguns adultos, igualmente deficientes visuais. Nenhum, nem um dos adolescentes se levanta para ceder o lugar. Continuam como se nada tivesse acontecido, os garotos com seus fones de ouvido falando aos berros e as garotas com suas unhas enormes pintadas de vermelho.

Meio pedindo, meio mandando, faço alguns maganões se levantarem, lentamente e muito a contragosto. 

Comentários

  1. Quando não são os passageiros é o motorista que age "fingindo que não vê", comigo aconteceu assim:
    Todo dia eu pegava sempre o mesmo ônibus em Laranjeiras para ir ao trabalho no Centro, três pontos depois do meu, um casal de idosos fazia sinal para o ônibus, o imbecil do motorista fingia que não viu e passava direto, eu resolvi acabar com a sacanagem dele, no dia seguinte, um pouco antes do ponto dos idosos, eu puxava a cordinha para descer, ele era obrigado a parar, os idosos subiam e eu não descia, ele olhava com uma cara de bunda, mas eu estava preparado para responder caso ele reclamasse.
    Essa idéia eu aplicava todos os dias, e o motorista ficava caladinho talvez com vergonha ou com raiva, só sei que o plano funcionou durante um bom tempo.
    Cury

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  2. Eh foda...
    Parabens pela sua iniciativa! Sem querer fazer um trocadilho jocoso, voce foi o exemplo de que pode existir uma luz no fim tunel.:o))

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  3. Nas manifestações deve estar cheio de gente assim...

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