Quem não se comunica se trumbica

Ouvi Dilma falando ontem em Boa Vista. Ouso dizer que todos os problemas que ela enfrenta decorrem de sua dificuldade crônica de se comunicar.

Ela tentou explicar a pedalada fiscal pro povão do Minha Casa Minha Vida e se enrolou toda. Lula teria deitado e rolado. Não sei como o ex-presidente, ao escolher sua candidata à sucessão, não atentou para a máxima do Chacrinha: "quem não se comunica, se trumbica".

Foi só uma observação, o que interessa pra mim é que, desde ontem, mais 11 mil famílias têm sua casa própria.


E tem golpista de direita e de esquerda, caso de Luciana Genro, que pediu eleições gerais em 2016. a justificativa dela pra cassar três anos de mandato de Dilma é que a presidente não tem apoio popular. Hitler e Mussolini tinham...

Ainda bem que o Jean Willis se apressou em dizer que o rompante "Aecista" de Luciana não é a posição oficial do Psol.

Está estampado no rosto de Dilma que ela vive seu pior momento no governo. Mas a frase que eu mais gosto é "o mundo dá muita volta".

Comentários

  1. Sem dúvida a moça é atrapalhada para falar, mas realmente é uma ousadia sua dizer que seus problemas vêm principalmente disso. Poderia ser o Papa Francisco, que quase me converteu ao Cristianismo, quando o ouvi falar semana passada no Vaticano, ou qualquer um que tivesse sido eleito pelo PT. A questão não é a capacidade de comunicação da Dilma, mas sim a elite brasileira fora do poder há 16 anos e correndo o risco de ficar mais quatro caso Lula seja candidato.

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    1. Contra o Lula teve o mesmo golpismo e ele se desvencilhou com maestria.

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  2. Discordo Marcelo. A Dilma vem sendo bombardeada desde que saiu o resultado da eleição e na época do Lula a elite estava fora do governo há apenas quatro anos. Agora já são 4 eleições perdidas para o PT e o desespero da direita aumentou e muito, ao ponto de apelarem até para o golpe, se isso for preciso para retomar o poder.

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    1. Concordo, Alexandre...Como Dilma poderia fazer mais do que fez sendo sabotada desde antes de assumir o novo mandato? Por Paulo Nogueira


      Dilma está sendo bombardeada muito além da conta.

      Dilma, a rigor, fez um mandato. Se os brasileiros não aprovassem seu desempenho ela não teria sido eleita. Isto é fato.
      Para colocar em contexto, ela venceu em circunstâncias extraordinariamente adversas, o que dá ainda maior legitimidade à vitória.
      A imprensa fez tudo o que podia para sabotar sua candidatura. Aécio foi escandalosamente favorecido. A imprensa tratou-o como seu candidato.
      Dilma foi, em todos os momentos da campanha, massacrada por jornais, revistas, telejornais. O caso da Petrobras veio para liquidá-la.
      Aécio não foi associado sequer ao helicóptero cheio de cocaína de seu amigo do peito (e de clube) Perrela.
      O favorecimento criminoso da mídia a Aécio, neste episódio, pode ser avaliado diante das obsessivas menções, agora, a um “amigo de Lula”.
      Perrela, para a imprensa e só para ela, não era amigo de Aécio.
      Sequer o aeroporto privado que Aécio construiu com dinheiro público numa cidade mineira foi objeto de questionamento da imprensa.

      Dilma viveu uma situação oposta. A obra magna da imprensa foi a capa da Veja na véspera da eleição.
      Baseada numa mentira acintosa, a de que um delator teria dito que Dilma e Lula sabiam de tudo no Petrolão, a capa foi maciçamente usada como propaganda política antipetista no maior colégio eleitoral do país, São Paulo.
      O gangsterismo da Veja se comprovaria, algum tempo depois, quando foi publicado o real conteúdo da delação. Em nenhum instante o delator disse o que a Veja disse que ele disse.
      Pois bem.
      Com tudo isso, e sem ser uma debatedora com os dotes de Lula, Dilma venceu.
      O povo, portanto, a aprovou. Deu-lhe mais um mandato.
      E o que veio depois?
      Dilma nem assumira e se iniciou um descarado movimento para derrubá-la. A direita, sem pudor, repetiu o que fizera em 1954 e 1964: tentar tirar na marra um governante de caráter popular.
      Governar um país é difícil. Quando este país tem uma estrutura secularmente voltada para preservar privilégios e mamatas de uma pequena elite predadora, é ainda mais complicado.
      Agora: quando você é sabotado a cada minuto, é simplesmente impossível. E Dilma vem sendo sabotada em regime de 24 horas por 7 dias. Não há feriado, não há dia santo, não há sábado e não há domingo.
      Se você olhar para trás, vai ver que até os números de votos foram postos em dúvida. Nem a direita venezuelana chegou a tal grau de abjeção.
      Como, diante disso, avaliar Dilma? Quem faria melhor? Quem teria chance de fazer melhor?
      Ninguém.
      A “incompetência” é, ao lado da corrupção, uma antiga arma usada pelo plutocracia brasileira contra presidentes que ela não controla. Jango foi o tempo inteiro acusado de incompetente quando criavam contra ele dificuldades simplesmente intransponíveis.
      É a mesma história com Dilma.
      A direita inviabiliza qualquer chance de você governar e depois acusa você de inepto.
      Não há limites para o descaramento. Aécio, para defender o impeachment, disse nestes dias que a instabilidade é enorme no Brasil.
      Ora, a instabilidade tem um nome: Aécio. Desde o primeiro dia ele se dedica a conspirar contra 54 milhões de votos.
      O mandato de Dilma é de quatro anos. E no entanto desde a primeira semana cobravam dela como se fosse a última.
      É golpe, é uma tentativa intolerável de destruir a democracia, falar em qualquer coisa que desconsidere que Dilma foi eleita para governar até 2018.
      O momento de julgá-la – nas urnas – foi no final de 2014.
      Querer tirá-la no poder agora, e com os argumentos desumanamente falaciosos que estão sendo utilizados, é um crime de lesa pátria e lesa democracia.

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