Chegou visita!

Chegou o único parente que ninguém reclama quando vem para passar três meses.

Primavera no Rio/Foto: Marcelo Migliaccio

É tempo da visita anual da nossa prima Vera.

Primavera no Rio/Foto: Marcelo Migliaccio

Já dizia o seu Miranda, o avô que a vida me deu de presente:

_ Primavera é uma palavra que vem do latim primo vero, que quer dizer primeiro verão.

Primavera no Rio/Foto: Marcelo Migliaccio

E a nossa prima querida, logo que chega, enfeita a casa toda com flores. De todas as cores e todos os jeitos.

Primavera no Rio/Foto: Marcelo Migliaccio

Bem-vinda, prima!

Primavera no Rio/Foto: Marcelo Migliaccio

Comentários

  1. Essa da "Prima Vera" foi a melhor, hahahaha.

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  2. Bem vinda a prima vera, melhor do ano!

    forte abraço

    c@urosa

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  3. É primavera, te amo.
    Belas canções foram feitas inspiradas na primavera.

    P.S. Eu nasci no 1º dia da primavera (22/09)

    Cury

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  4. Caro Marcelo,

    Também amo a primavera: no outono me atrevi a plantar petúnias e, ao contrário de todos que diziam que não iriam florescer, aqui estão elas, em cachos atrevidos desafiando o calor e a secura destas montanhas mineiras.

    Abraços primaveris,

    Wanda Rodrigues

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  5. Tudo morre e renasce. É só observar a natureza, assim também somos nós e um dia partiremos pra
    ter vida de outra forma. Belas flores.
    Sergio.

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  6. Bela foto, "comme d"habitude" ... mas infelizmente a presença do eterno e estúpido lixo carioca macula, em parte.

    As flores são a natureza em festa e com exuberâncias. Alguém muito inspirado pensou: "Borboleta parece flor que o vento tirou pra dançar
    Flor parece a gente
    Pois somos semente do que ainda virá".

    O Vinícius disse: "E a poesia só espera ver nascer a primavera,
    para não morrer".

    Mas ninguém melhor do que a magnífica Cecília Meireles _e tomara que seja do seu agrado_, para dar conta desta deslumbrante estação efêmera e dona da vida.


    Primavera


    A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

    Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

    Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

    Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

    Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

    Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

    Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

    Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

    Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

    Abraço
    Marcos Lúcio

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  7. Mauro Pires de Amorim.
    Lindas e inspiradoras as fotos.
    Também gosto de sair por aí, sempre que me é possível e observar a paisagem, reparar na luminosidade, no degradê que forma-se na coloração das plantas e árvores, conforme a densidade dos arbustos e copas. Ver os animais, insetos, crianças, adultos e idosos(as) nas praças.
    Pena que em nossa Cidade Maravilhosa, assim como no restante do país. ainda haja tanta miséria, tanto descaso e abandono. Isso me deixa de coração partido.
    Felicidades e boas energias.

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