Praga mata árvore íntima dos cariocas

Uma praga está dizimando uma das espécies de árvore mais conhecidas e amadas pelos cariocas, a Senna alexandrina. Se você não está ligando o nome à pessoa, aí está ela.

Foto: Marcelo Migliaccio

Trata-se de uma das espécies mais frondosas e bonitas entre todas espalhadas pelas ruas do Rio e de muitas cidades do Brasil. Aqui, porém, muitas estão sucumbindo. Não são os parasitas que tomam conta e acabam por secar as amendoeiras, outra árvore bem familiar aos brasileiros em geral.

Foto: Marcelo Migliaccio

Nas sennas, o mal faz seu estrago por dentro, criando uma espécie de sulco melado e de cor marrom. "Leigamente" falando, parece que a seiva é envenenada, como mostra o tronco desta aí, cortada há poucos dias pelos garis da Comlurb em Botafogo (Zona Sul). O homem que supervisionava a ação da motosserra me disse que ainda não identificaram a "patogenia". É de se perguntar se, numa cidade arrasada como o Rio, onde nem hospitais e escolas funcionam direito, o poder público gastaria tempo e dinheiro para descobrir o que está matando árvores nas ruas.

E, naturalmente, surgiram em volta dos vegetais agonizantes, os arautos das teorias da conspiração. Um vizinho meu está convencido de que é a própria prefeitura que está matando as senas.

Foto: Marcelo Migliaccio Foto: Marcelo Migliaccio

O fato é que a paisagem carioca está ficando mais cinza e feia. As Sennas, quando saudáveis, dão pequenas flores amarelas e uma semente vistosa agrupada em pequenos ramos.

Foto: Marcelo Migliaccio

São lindas de perto e de longe. Fazem nossa vista descansar.


Foto: Marcelo Migliaccio


Eu confesso que me apaixonei por uma senna, que fica em frente à minha janela e infelizmente também parece condenada pela tal praga. Não sei o que será de mim sem ela. Para se ter uma ideia do nosso amor, basta dizer que um dia chamei e ela entrou pela minha janela. Em breve, conto essa história aqui. Por ora, deixo uma foto da minha amada, que hoje agoniza, qundo estava na flor da idade.


Foto: Marcelo Migliaccio

Descanse em paz.



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Comentários

  1. Só um toque de um leitor biólogo e chato Marcelo: "Senna alexandrina" é o nome científico da planta e como tal possui pelo menos dois termos que devem ser escritos destacados do texto (correto), e o primeiro termo que indica o nome do gênero deve vir sempre com a inicial maiúscula. O segundo denomina a espécie e é escrito com letra minúscula. Obviamente que isso não é o mais importante aqui, mas sim a degradação que ataca o Rio em todos os aspectos, causada pelos mesmos que hoje destroem o Brasil.

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  2. Aqui na minha rua tem um monte de amendoeira que destrói a calçada, bem que gostaria que fosse plantada Senna no lugar das amendoeiras.

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