A ilha que parou no tempo
Aos poucos o Rio mais conhecido vai ficando para trás. Muita água, e a grande barca já passaram por baixo da ponte.
E chegamos a um lugar meio mágico, uma ilha que parou no tempo.
Aqui ainda se come algodão doce, os anões de jardim sobrevivem.
Aqui pessoas abraçam baobás no meio da noite e borboletas pegam carona nos melhores lugares que existem.
Um lugar perfeito para tentar entender o xadrez da vida, se é que isso será possível.
Alguns tentam fazer isso na igreja. Claro que não poderia faltar uma nesse lugar.
Outros desencanam e vão viver a vida comendo sardinha frita e tomando cerveja.
Estamos na bela ilha de Paquetá, no meio da Baía de Guanabara. A linda e poluída baía.
Uma ilha onde se pode até ver fantasmas, como esse velho aerobarco abandonado. Nos anos 70 era chique cruzar a baía num desses, muito mais velozes que as barcaças. Mas hoje só resta a carcaça de um deles. Dizem que ainda funciona.
Bonito ele era...
Lindo mesmo, eternamente, é o anoitecer por aqui.
A turma daqui já fica de orelhas em pé porque turistas chegam o tempo todo, guiados pelos cocheiros locais. Aliás, os cavalos foram proibidos, só ficaram os cocheiros, que agora pedalam.
Aqui, cachorro come pão com manteiga de manhã na padaria.
Mas, como não dá para mergulhar nas águas imundas da baía, é hora de voltar para casa, porque o calor não é um bom anfitrião
A ponte Rio-Niterói e a ilha fiscal anunciam que estamos de volta à civilização. Foi bom te conhecer, Paquetá.
A mais de 20 anos que não vou lá, mnas pretendo fazer uma visita em breve
ResponderExcluirNão conhecia ainda? Conheci aos 18 anos. Crônica urbana, imagens do coração.
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