Existe um lugar
Eu sempre sonhei com um escritório à beira-mar. Sem prazos, sem chefes, sem metas e, ok, admito, nem tudo é perfeito... sem grana.
Mas um lugar com uma bela vista.
Bom pra parar e pensar.
Arrastar seus fantasmas até o mar e deixá-los por lá.
Um lugar pra congelar a emoção daquele gol de placa que você fez aos dez anos de idade.
Em suma, um lugar pra trocar de casca, de preferência, diariamente, mudar, mudar e mudar...
Permitir à própria mente dar uma cambalhota em torno de si mesma.
E experimentar de novo aquela sensação de liberdade.
Taí. Será que esse lugar existe?
Mas um lugar com uma bela vista.
Bom pra parar e pensar.
Arrastar seus fantasmas até o mar e deixá-los por lá.
Um lugar pra congelar a emoção daquele gol de placa que você fez aos dez anos de idade.
Em suma, um lugar pra trocar de casca, de preferência, diariamente, mudar, mudar e mudar...
Permitir à própria mente dar uma cambalhota em torno de si mesma.
E experimentar de novo aquela sensação de liberdade.
Taí. Será que esse lugar existe?
Esse lugar existe. Basta acreditar e ter coragem para chegar até ele. Yves
ResponderExcluirEssa viagem que fazemos quando lemos essas belas palavras com ilustrações eu também faço quando ouço a lindíssima música Vilarejo (Marsa Monte), porque fico me imaginando em um lugar como aquele da música, e essa viagem que faço vale mais que uma terapia/análise.
ResponderExcluirNo porta luvas do meu carro tem um kit anti estresse, cd de músicas clássicas, Raul Seixas, Gonzaguinha.
Cury
Grande kit!
Excluir
ResponderExcluirO Manuel Bandeira acreditava -pelo menos poeticamente- que sim, senão vejamos:
"Vou-me Embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada".
Para Sartre, a liberdade é a condição de vida do ser humano, o princípio do homem é ser livre, por si mesmo, independente dos fatores do mundo, das coisas que ocorrem, ele é livre para fazer o que tiver vontade. A natureza fez o homem livre. Mas a sociedade existe e " por toda parte o homem se vê agrilhoado”.O pior é que a desigualdade surge quando alguém cerca um lote de terra e diz “isto é meu”. Em razão disso, outros homens são levados a fazer a mesma coisa e se reúnem ou associam-se para poder usufruir daquilo que a terra pode lhes oferecer. Mas com isso também se cria um modo de sobrevivência organizada que exclui grande parte dos homens dos benefícios da natureza. Agora, desprovido do seu alimento e de sua liberdade, por causa do arbítrio da instituição da propriedade privada, o homem torna-se subordinado daqueles que a detém. A propriedade faz perder a liberdade natural.
Marcos Lúcio
E já tem gente comprando um terreninho na Lua...
ExcluirAmei!
ResponderExcluirAdorei!
ResponderExcluirEstava inspirado hein Marcelo?
... congelar a emoção... é muito bom.
Como eu gostaria de ter congelado certas emoções, para depois revisitá-las.
Acho que esse lugar existe sim, e enquanto não o encontro geral, vou levando-o no coração, e de vez em quando aporto em alguma possibilidade de desfrutá-lo.
Beijos,
Sandra