Ensaio cor de abóbora

O brilho do sol na primavera realça as cores de quem é invisível.


Foto: Marcelo Migliaccio

A maioria só olha pra eles no Carnaval, quando seu embaixador sambista tem permissão para exibir o sorriso diante das câmeras.


Foto: Marcelo Migliaccio

Apesar de fazerem o trabalho mais pesado e importante para o nosso belo quadro social, geralmente eles vão à praia apenas para trabalhar.


Foto: Marcelo Migliaccio

Quem sabe, recolher uma tartaruga morta que a maré trouxe.

Foto: Marcelo Migliaccio

Quanto às sereias, não são para o seu bico… pelo menos no horário de serviço.

Foto: Marcelo Migliaccio

O negócio deles é mesmo cuidar da paisagem.

Foto: Marcelo Migliaccio

E que paisagem!

Foto: Marcelo Migliaccio

Alguns, como o septuagenário Sebastião, dedicaram a vida ao sujo sacerdócio. Ele varreu as ruas da cidade desde 1971 até sua morte, há poucos meses. E nunca pensou em se aposentar, trocar o uniforme laranja pelo pijama e ficar em casa ouvindo a ladainha da patroa.

Foto: Marcelo Migliaccio

Às vezes, lhes concedem a sombra de uma árvore exótica…


Foto: Marcelo Migliaccio

… só para limpar, não para descansar.

Foto: Marcelo Migliaccio

Nas manhãs de sábado, é deles e delas a dura tarefa juntar os cacos deixados no rastro dos boêmios.


Foto: Marcelo Migliaccio

E, no Réveillon, só mesmo uma tropa de choque para limpar a Avenida Atlântica nas primeiras horas da manhã.


Foto: Marcelo Migliaccio

Haja lata de lixo! Povo desenvolvido, é povo limpo.


Foto: Marcelo Migliaccio

Em pouco tempo, tudo está limpo de novo e então só lhes resta voltar à invisibilidade. Ano novo, vida velha.


Foto: Marcelo Migliaccio












Comentários

  1. Sempre que eu vejo o povo mal educado (ou escroto?!) - e o pior é que são inúmeros estes idiotas - jogando lixo no chão, na areia da praia, etc., o que é inconcebível para quem possui o mínimo de civilidade... tenho vontade de despejar esta pessoinha dentro da lata de lixo ou direto na caçamba do caminhão coletor...mas aí é ela que vai contaminar o lixo, né?
    Marcos Lúcio

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    1. Se nenhum, mas nenhum escroto mesmo, jogar lixo na rua, nem um lixinho qualquer, os garis não terão lixo pra catar, não terão ruas pra varrer, não terão empregos pra trabalhar, não terão salários pra se sustentar. Pense nisso!

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  2. Infelizmente o carioca é muito mal educado, sou totalmente a favor de aula de cidadania nas escolas, só assim as próximas gerações seriam mais educadas.
    Vendo todos esses garis lembrei-me que uma legião deles passará pela minha rua mês que vem pedindo "o natal" deles, sempre contribuo, mas dá uma vontade de perguntar se eles não recebem 13º !! rsrs

    Cury

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  3. Do alto do seu reacionarismo, o Boris Casoy deve ter achado este post um terror!

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  4. Valeu, Marcelão! Linda a homenagem aos nossos amigos (vejo como uma singela homenagem e reconhecimento) e valeu pelo nosso "belo quadro social" (fala a verdade, o Raul ajudou a abrir a nossa visão, né?) Abs!!!

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  5. E aí, Marcelão! O leilão dos aeroportos foi um sucesso. Qual será o pecado da Dilma? O que será que vão ter que inventar?

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