Trianon, o parque
Morei perto do Parque Ibirapuera (SP) durante quase quatro anos. Se não fosse aquele espaço arborizado e cheio de pássaros eu não teria aguentado mais de um ano numa cidade tão dura e cinzenta. Em quase todas as manhãs eu caminhava naquele oásis e esquecia a megalópole em volta.
Mas o meu parque preferido em São Paulo é outro. Em plena Avenida Paulista, meio lúgubre, meio bucólico.
Em 2022, o Parque Trianon fará 130 anos de idade.
Na verdade, se chama Tenente Coronel Siqueira Campos, que poderia ser o distinto cavalheiro com direito a busto por ali. Mas não, esse é Joaquim Eugênio de Lima, idealizador e realizador da Avenida Paulista. Engenheiro, agrônomo e, como ninguém é perfeito, jornalista.
Claro, melhor contemplar flores como esta. Parece prima da rara e bela flor do Maracujá.
Cortado ao meio por uma avenida, tem uma ponte onde muita gente vive momentos que jamais esquecerá, eternizados por um amor sem limites.
Ou mesmo na companhia única e exclusiva da própria imaginação.
Como estamos em São Paulo, festa estranha com gente esquisita.
Na verdade, tudo é meio estranho por aqui...
Às vezes, dá até medo de caminhar sozinho por um lugar ao mesmo tempo belo e enigmático.
Delicado, sensível, dolorido, detalhado. O mal dos parques é não poder visualizar o horizonte, já no litoral o horizonte é tudo.
ResponderExcluirO Marcelo conhece mais SP que muitos paulistanos.
ResponderExcluirGostei de saber que SP tem um mini "Central Park".