Chegou visita!
Chegou o único parente que ninguém reclama quando vem para passar três meses.
É tempo da visita anual da nossa prima Vera.
Já dizia o seu Miranda, o avô que a vida me deu de presente:
_ Primavera é uma palavra que vem do latim primo vero, que quer dizer primeiro verão.
E a nossa prima querida, logo que chega, enfeita a casa toda com flores. De todas as cores e todos os jeitos.
Bem-vinda, prima!
É tempo da visita anual da nossa prima Vera.
Já dizia o seu Miranda, o avô que a vida me deu de presente:
_ Primavera é uma palavra que vem do latim primo vero, que quer dizer primeiro verão.
E a nossa prima querida, logo que chega, enfeita a casa toda com flores. De todas as cores e todos os jeitos.
Bem-vinda, prima!
Essa da "Prima Vera" foi a melhor, hahahaha.
ResponderExcluirBem vinda a prima vera, melhor do ano!
ResponderExcluirforte abraço
c@urosa
É primavera, te amo.
ResponderExcluirBelas canções foram feitas inspiradas na primavera.
P.S. Eu nasci no 1º dia da primavera (22/09)
Cury
Caro Marcelo,
ResponderExcluirTambém amo a primavera: no outono me atrevi a plantar petúnias e, ao contrário de todos que diziam que não iriam florescer, aqui estão elas, em cachos atrevidos desafiando o calor e a secura destas montanhas mineiras.
Abraços primaveris,
Wanda Rodrigues
Tudo morre e renasce. É só observar a natureza, assim também somos nós e um dia partiremos pra
ResponderExcluirter vida de outra forma. Belas flores.
Sergio.
A flor é a vaidade da natureza
ResponderExcluirBela foto, "comme d"habitude" ... mas infelizmente a presença do eterno e estúpido lixo carioca macula, em parte.
ResponderExcluirAs flores são a natureza em festa e com exuberâncias. Alguém muito inspirado pensou: "Borboleta parece flor que o vento tirou pra dançar
Flor parece a gente
Pois somos semente do que ainda virá".
O Vinícius disse: "E a poesia só espera ver nascer a primavera,
para não morrer".
Mas ninguém melhor do que a magnífica Cecília Meireles _e tomara que seja do seu agrado_, para dar conta desta deslumbrante estação efêmera e dona da vida.
Primavera
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
Abraço
Marcos Lúcio
Bela citação, Marcos
ResponderExcluirMauro Pires de Amorim.
ResponderExcluirLindas e inspiradoras as fotos.
Também gosto de sair por aí, sempre que me é possível e observar a paisagem, reparar na luminosidade, no degradê que forma-se na coloração das plantas e árvores, conforme a densidade dos arbustos e copas. Ver os animais, insetos, crianças, adultos e idosos(as) nas praças.
Pena que em nossa Cidade Maravilhosa, assim como no restante do país. ainda haja tanta miséria, tanto descaso e abandono. Isso me deixa de coração partido.
Felicidades e boas energias.