Santo domingo

Há muito tempo, desisti das noites de sábado. Tudo cheio, confusão, gente bêbada, cinema e teatros mais caros, blitz de Lei Seca... enfim, todos os motivos para ficar em casa.

Mas nenhuma dessas razões é mais forte que dormir cedo para poder aproveitar o domingo.

Faço questão de aproveitar o único dia da semana que nos é dado para curtir a vida desde o primeiro raio de sol. Se o final do domingo é melancólico para aqueles que não gostam da profissão que escolheram, a manhã desse dia dedicado ao ócio é um bálsamo, uma bênção para quase todo mundo (excluo apenas os que acordam de ressaca).

A seguir imagens de um dia especial, pois além de ser domingo, é dia de Natal, o que deixa as ruas da cidade ainda mais desertas.

As primeiras luzes do dia e as últimas da noite iluminam belos quadros.

O palco do próximo Réveillon numa Copacabana deserta e muda.

A tranquilidade é tanta que é possível até flagrar um galo e uma galinha ciscando numa rua do Flamengo.

No templo evangélico, o louvor começa cedo. O homem do chapéu diz que anda até ressuscitando gente...

No Sambódromo deserto, silêncio total na meca do barulho.

Formigueiro humano sem formigas.

O sem-teto não contava com o convite inesperado do frei franciscano para a ceia anual natalina.

Restos da farra. Absinto na noite de Natal? Vagabundo pega pesado.

A noite dorme nas calçadas. Alguém vai acordar mal...

E os jovens que envelheceram do Catete ensinam que devagar se vai ao longe.

Bom domingo. Feliz Natal.