Tempo rei
Hoje, a minha filha se forma no colégio. Ainda me lembro, quando ela tinha apenas nove meses, de levá-la pela primeira vez à creche. Era ainda um bebê e, no final da tarde, quando eu chegava para buscá-la, a via pela janelinha de vidro da porta, sempre risonha com as cuidadoras, no meio dos outros filhos de pais mais ocupados com o trabalho do que com as jóias que tinham em casa.
Do Berçário 1, ela foi para o 2, para as turmas maiores. E era sempre um suplício deixá-la na escola para ir trabalhar. A separação doía todo dia.
Aí, comecei a reparar que, com o passar do tempo, a convivência com outras crianças tornou-se um prazer para ela. Voltava meio estressada, mas acho que ela gostava. E eu notei que aquele momento diário da nossa separação já era mais penoso para mim do que para ela.
Entendi que era melhor ela ficar na escola do quer em casa, com uma babá, ou com avó, vendo TV.
Vi que ela estava crescendo no dia em que, ao chegar à creche e agachar para esperar que ela viesse correndo e me desse aquele abraço gostoso de criança, levei um susto. Ela veio ao meu encontro como sempre, mas, em vez de me abraçar, simulou me dar um chute naquele lugar que mais dói num homem...
A gente cria filhos para o mundo, resignei-me.
Quase não dá para acreditar que aquele bebê do Berçário 1 agora tenta o vestibular com mais 4 milhões de crianças da mesma geração.
O melhor de tudo é que somos amigos. E hoje, aos 18 anos, ela voltou a correr na minha direção para me abraçar (nada de golpe baixo, foi só a fase rebelde dos 6 anos).
Um abraço delicioso, que, para mim, vai ser sempre aquele abraço que só uma criança dá.
Do Berçário 1, ela foi para o 2, para as turmas maiores. E era sempre um suplício deixá-la na escola para ir trabalhar. A separação doía todo dia.
Aí, comecei a reparar que, com o passar do tempo, a convivência com outras crianças tornou-se um prazer para ela. Voltava meio estressada, mas acho que ela gostava. E eu notei que aquele momento diário da nossa separação já era mais penoso para mim do que para ela.
Entendi que era melhor ela ficar na escola do quer em casa, com uma babá, ou com avó, vendo TV.
Vi que ela estava crescendo no dia em que, ao chegar à creche e agachar para esperar que ela viesse correndo e me desse aquele abraço gostoso de criança, levei um susto. Ela veio ao meu encontro como sempre, mas, em vez de me abraçar, simulou me dar um chute naquele lugar que mais dói num homem...
A gente cria filhos para o mundo, resignei-me.
Quase não dá para acreditar que aquele bebê do Berçário 1 agora tenta o vestibular com mais 4 milhões de crianças da mesma geração.
O melhor de tudo é que somos amigos. E hoje, aos 18 anos, ela voltou a correr na minha direção para me abraçar (nada de golpe baixo, foi só a fase rebelde dos 6 anos).
Um abraço delicioso, que, para mim, vai ser sempre aquele abraço que só uma criança dá.
Nos divertimos muito no lendário Parque Peter Pan, onde também eu, quando criança, cheguei a brincar. Quem sabe, levarei meu neto lá também... |
Como pode??!!?? Aquele garotinho moreno, magrinho, de cabelo cacheado, super tímido, observador, sorridente, "do bem", que tinha ONTEM 14 anos já tem uma filha de 18 anos! Realmente, o tempo não passa, voa!!!!!!
ResponderExcluirBjs, Denise.
Denise, vocë deveria ter ido no encontro do pessoal do Quadrado. Aí você veria que o tempo voa mesmo...
ResponderExcluirAdorei ver as fotos! Vou no próximo!
ResponderExcluirBjs.
Mauro Pires de Amorim.
ResponderExcluirNos idos da década de 1970, lá pelos anos de 73 e subsequentes, até 1977, quando eu tinha entre 8 e 12 anos, morei na Rua Bulhões de Carvalho, nº 614, entre as Ruas Sá Ferreira e Souza Lima e me lembro da construção desse parque infantil, por iniciativa da Cedae, que era na época, não sei hoje, a responsável pela administração e manutenção do mesmo.
Para minha visão infantil, aquilo era um pedacinho do paraíso, pois embora eu fosse criança nessa época, já percebia a selvageria conceitual de nosso complexo urbano, uma vez que os anos, décadas e séculos sucedem-se, mas os detentores e ícones do poder em nossa sociedade, em sua maioria, havendo raras excessões, perpetuam a mentalidade predatória e depredatória dominante em nossas sociedades.
Nesse parque, eu me sentia seguro, com direito de ter meus sonhos e pensamentos infantis mais simples e pueris, inerentes a qualquer criança saudável. Os perigos e preocupações da selva de pedra, ficavam esquecidos por uns instantes e eu poderia finalmente voltar a ser somente uma criança em toda plenitude.
A construção desse parque foi uma boa e feliz iniciativa. Entretanto, espero sinceramente que na época da construção do parque, a administração da Cedade que o concretizou, tenha sido ilibada, de modo que não tenha havido alguma mente malígna especialista em planificar a destruição e depredação, com superfaturamentos na obra, afim de auferirem ganhos extras para suas vidas privadas.
Mudando de assunto, em meu comentário anterior em sua última postagem, usei o termo "dissimuladores da mulambagem social", na verdade, está correto, pois os detentores do poder conjuntamente com a mídia dominante, usam os meios de comunicação, para dissimularem e esconderem a real situação social degradativa e depreciativa causada pela crise econômica global, que tem origem nos EUA, devido sua importância e comando na economia e mercados financeiros planetário. Portanto é cada vez mais comum assistirmos e sermos invadidos por uma programação midiática cada vez mais, medíocre, microcéfala e dissimulada. Nesse meu comentário anterior referente à tal postagem passada, eu deveria ter incluído também a palavra dissiminadores, ficando portanto aquele treço do texto dessa forma, "enquanto dissiminam e dissimulam a mulambagem social", pois enquanto os líderes financistas e econômicos, por meio de suas marionetes políticas dissiminam seu modelo predador e depredador na condução da economia mundial, os ícones e líderes midiáticos prestam-se a usarem seu veículos de comunicação, como vitrínes conceituais dessa mesma mentalidade, ao produzirem programas conceitualmente medíocres, microcéfalos e dissimulados, transmitindo para o público assistente conceitos igualmente condizentes com a mentalidade predatória e depredatória vigente.
Se você não conseguir encontrar o livro de Russel Mokhiber, "Crimes Corporativos: o poder das grandes empresas e o abuso da confiança pública", uma vez que ele é do década de 90, ao menos assista o excelente documentário de Michael Moore, "Capitalismo: uma história de amor", que você vai entender perfeitamente o plano diabólico em conlúio dos grandes grupos econômicos e financeiros, aliados com os grandes grupos de comunicação de massas, juntamente com políticos e governantes marionetes e que vão conseguir transformar nossas sociedades e mundos em mulambos microcéfalos, eticamente corrompidos, enqunto que eles, 1% da população mundial, serão os detentores e concentradores de 99% da riqueza.
Mais uma vez, sinceros desejos de felicidades e boas energias.
Ai Pai, que lindo!!! chorona como vc sabe que eu sou terminei o texto com os olhos cheios de agua...vc sabe que mesmo com 18, 18, ou 98 eu vou sempre lá dentro ser aquela bebe que vc deixava na cretchen e que quando vc ia buscar ia correndo te abracar, eu te amo muito e se eu cheguei ate aqui e me tornei quem eu sou, ou quem eu ainda estou me tornando devo muito a você que sempre foi meu porto seguro e quem eu sempre adimirei! Obrigada pelas palavras papi! muitos e muitos beijos!
ResponderExcluirÉ verdade Marcelo,os filhos crescem,e sem perceber a gente continua tratando-os como crianças.O meu mais velho acabou de completar 18 anos,e as vezes eu ainda me comporto como se estivesse com dois bebês dentro de casa... E sempre estou lembrando aos dois,que a minha felicidade depende da felicidade deles... Abs.
ResponderExcluirMonica.
Eu também me emocionei e fiquei com os olhos cheios d´àgua, mas vindo de você, isso não é novidade.
ResponderExcluirBom mesmo foi ainda ler o comentário da Marina, cheio de carinho.
ResponderExcluirParabéns, Marina, Marcelo e Família, felicidades. Lembrei que desde o jardim de infância eu chegava atrasado. Eram muros baixos na época, o portão já fechara e eu tinha que pular.
ResponderExcluirÉ Marcelo tenho uma filha de seis anos.
ResponderExcluirAntes dela nascer, tive em psicólogos, pratiquei yoga. porém a convivência com ela tem sido a melhor terapia. O nascimento de um filho é a grande chance que temos de nos melhorar.
E como diz Júlio Iglesias em (De ninha a mujer). El tiempo me estava enganando mi ninha se hace mujer. Linda homenagem a filhota dele. Amemos nossos filhos, isso nos fará pessoas melhores.
Sergio.